domingo, 1 de setembro de 1996

Jovem, a grande esperança da humanidade

“Fale, jovem, se for necessário, mas apenas umas duas vezes,

quando interrogado. Resuma o que tem a dizer

e diga muito em poucas palavras” - (Eclo 32, 7-8)

 


Não é preciso caminhar muito para se conseguir enxergar bem à nossa frente a crítica situação que estamos vivendo. É de conhecimento de todos as questões de fome, miséria, educação, desemprego e tantas outras situações injustas em que vive o nosso povo.

 

A realidade nua e crua nos mostra que é urgente renascer na esperança, no amor e na solidariedade um para o outro. Ser uma juventude que escreva numa página da história, a eterna realização do projeto do Reino de Deus.

 

É a juventude que traz essa força, essa energia de poder fazer acontecer a plenitude desse novo. São Paulo nos lembra em sua carta aos Efésios que é "preciso se renovar pela transformação espiritual da inteligência e se revestir do homem novo, criado, segundo Deus, na justiça e na santidade que vem da verdade" (Ef. 4, 23-24).

 

Para sermos jovens temos que encarar de frente as dificuldades do dia a dia, traçando metas e, principalmente, conservando a autenticidade forte da personalidade. Sempre se faz obrigatório por nossas próprias necessidades, acreditar naquilo que podemos e, por obrigação, realizar.

 

Que nós jovens sejamos "a força renovadora da Igreja e esperança do mundo” (Sto. Domingo), porque sabemos fazer acontecer essa sociedade livre, sem preconceitos e com igualdade de vida para todos.

 

Temos a necessidade de enfrentar os desafios com coragem, fazer do hoje uma porta para o amanhã mais belo e encantador, "revestidos de humildade no relacionamento mútuo, porque DEUS resiste aos soberbos, mas dá graças aos humildes. (1 Pd.5,5).

 

Enfim, que cada um busque encontrar o seu espaço dentro da sociedade, cada dia mais próximo e ativo na vida da comunidade e assim, conseqüentemente em comunhão na humanidade de Jesus Cristo.

 

Leonardo J. D. Campos

Publicado no Voz das Comunidades - Jornal das paróquias da Região Leste da Diocese de Santo André - Setembro/Outubro de 1996 - Ano I, Nº 4 - p. 3.

segunda-feira, 1 de julho de 1996

Chamados a servir

 

"Anunciar o Evangelho não é título de glória pra mim; 

pelo contrário, é uma necessidade que me foi imposta" - (ICo. 9,16)

 

Vivemos em uma sociedade onde jamais podemos estar de braços cruzados diante de tantas formas de injustiças, opressão, violência de todos os graus e sentidos. É preciso que participemos de uma transformação radical dessa realidade a partir dos gestos concretos da pessoa humana de Jesus Cristo.


Somos chamados por Ele a nos colocar a serviço dos mais necessitados, dos que por razão ou outra, precisam de uma palavra amiga, um aperto de mão, um gesto de carinho, um pedaço de pão. 


Toda uma doação de vida em favor nos lancemos em uma ação concreta, de uma causa é conseqüência clara de vocação, cujo significado está relacionado ao ato do chamado, escolhido. “A vocação representa a expressão do compromisso missionário da igreja, que sempre te, necessidades de entregas radicais e totais, de impulsos novos e corajosos...” (João Paulo 11).


De alguma forma, é necessário que nos lancemos em ação concreta, utilizando de nossos dons que, gratuitamente recebemos de, fazendo assim, que cada vez mais venham a crescer, frutificar e fortalecer a caminhada do povo, rumo à realização do projeto do Reino de Deus.


A ação vocacional não nasce sem antes termos tido uma experiência de vida, pessoal com Deus. Em outras palavras, termos vivenciado alguma prática da qual nos submetemos, ao iniciarmos uma determinada tarefa dentro dessa mesma sociedade. Tarefa essa, que busque sempre o bem comum de todos, que é sem dúvida, a maior vontade desse mesmo Deus.


Se iniciarmos hoje, um papel de verdadeiros agentes anunciadores de Cristo, dentro de um curto espaço de tempo, estaremos plenamente convencidos de que viveremos "em novos céus e em novas terras". 


Podemos dizer, que todo esse processo, alimentado pela Fé, nos dá a certeza que de uma forma ou de outra, por meio de nossas experiências, há a possibilidade de encontrar um caminho de acesso à um novo tempo, a uma nova realidade de vida para todos, onde cada ser humano tenha ao menos acesso a dignidade de ser plenamente, HUMANO!


Que a luz do Espírito Santo desperte em cada coração de nossos jovens, a gratuidade de "SERVIR". Assim, "juntos e a uma só voz possamos dar glória a Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo". (Rm.15,14). 

 

Leonardo J. D. Campos

Publicado no Voz das Comunidades - Jornal das paróquias da Região Leste da Diocese de Santo André - Julho/Agosto de 1996 - Ano I, Nº 3 - p. 2.