sábado, 1 de novembro de 1997

 Um sonho de natal


Às vezes, ou quase sempre, sinto uma vontade de falar uma porção de coisas no que diz respeito ao natal.

Através dessas poucas linhas, gostaria de começar dizendo, se me permitem, que não me contento com a forma que se festeja esse acontecimento tão expressivo para nossas vidas e que, uma vez vivido intensamente, se torna uma reposta ao modo de viver e resolver os maiores problemas que afligem nossa humanidade.

Não podemos concordar que a festa de aniversário do maior ser humano que a história já conheceu, seja festejado apenas superficialmente e não interiorizada em nossa vida. Olhando bem, descobrimos que se basta a muitos, apenas o ato de chegar e partir de cartões, banquetes milionários presentes e mais presentes, enquanto nossos irmãos em grande parte passam fome e não tem onde morar.

À nossa volta "tudo" nos parece ser lindo e maravilhoso.

Quando o relógio marcar meia-noite, os sinos no alto da igreja estarão emitindo sons natalinos, parecendo invocar aos anjos uma canção de paz, aos homens uma mensagem viva de amor.

São mãos apertadas, abraços e todo esse clima parecem nos aproximar, unir os homens de todas as raças, línguas e culturas.

E isso é Natal: -"Mistério de um Deus que se faz homem e veio habitar entre nós". Mistério de um Deus vivo e presente na história e na vida de cada um de nós. Mistério de um Deus irmão, próximo dos mais distantes rejeitados da sociedade.

E que esse mistério hoje e sempre nos ajude a viver em plenitude os verdadeiros sonhos do meu, seu, nosso natal. 

Leonardo J. D. Campos

Publicado no  JornalVoz das Comunidades - Diocese de Santo André - Novembro/Dezembro de 1997 - Ano I, Nº 4 - p. 3.

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